de todos os cigarros transbordando no cinzeiro improvisado
enquanto eu prometia parar de fumar
parar de pensar em você....
das promessas em vão
você nunca vai saber da agonia da pele em chamas
o seu olhar inocente na mente
suas palavras dançando sobre mim
como insetos numa noite infernal de verão
o misto de compreensão e raiva
ardendo nos meus olhos esfumaçados
você nunca vai saber das tardes desperdiçadas
do dedo no gatilho, hesitante e cheio de remorso
nunca vai saber a sensação do disparo quente
nem da velocidade do projétil atingindo o meu cérebro em cheio
nunca vai saber do vazio que fica depois de tudo
no coração e no crânio dilacerados
você nunca vai saber da solidão que torna tudo inútil
ou da morte da esperança
dos poemas rasgados e queimados, só por garantia
você nunca vai saber do meu desejo
de ser o seu cachorro
ter sua lealdade
o rabo balançando de contentamento
pelo afago
você nunca vai saber de todas as vezes que eu chorei
gemendo seu nome
te chamando, chamando
sem nunca ser ouvida
você nunca vai saber
você nunca vai saber
você nunca vai saber...
nem da velocidade do projétil atingindo o meu cérebro em cheio
nunca vai saber do vazio que fica depois de tudo
no coração e no crânio dilacerados
você nunca vai saber da solidão que torna tudo inútil
ou da morte da esperança
dos poemas rasgados e queimados, só por garantia
você nunca vai saber do meu desejo
de ser o seu cachorro
ter sua lealdade
o rabo balançando de contentamento
pelo afago
você nunca vai saber de todas as vezes que eu chorei
gemendo seu nome
te chamando, chamando
sem nunca ser ouvida
você nunca vai saber
você nunca vai saber
você nunca vai saber...