segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

taciturno

Te chamo
Ouvimos o eco da minha voz
Você me olha, mas não diz nada

Não sou boa com despedidas

É como

Minha pele desgrudando do corpo
Um nó na garganta
Algo incômodo no peito

E se amanhã não tiver ninguém

Aqui

... Entende?

A morte da expectativa

Das coisas que poderiam ser
E de tudo que sempre foi improvável...

Você volta
Com seus sentimentos fragmentados
Me oferece reticências e
Seus beijos abreviados me ferem

Deliberada, para te mostrar que sofro, te apedrejo com palavras
Você finge a dor tão bem que eu quase acredito

Amor

Pouco não nutre minha fome de vida de tudo que é grande e forte e
Aquela palpitação que a gente ouve e sente ao mesmo tempo, alta e quente
Vibrando loucamente eu

Amo tudo em você
Até as coisas que odeio

Não te atinjo
Longe
Impenetrável
Duro feito rocha

O seu auto-controle me descontrola
E eu estou cansada

Grito vai embora como quem diz
Fica
Você sussurra adeus como quem diz 
Nunca estive

Te chamo outra vez
Você não olha para trás