segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Cassandra

Como última jura falar-te-ei do meu amor
Que é tanto e por ser tanto até parece blasfêmia.
Como herança para o mundo, deixo a lembrança
De uma moça, que um dia, nua na beira dum lago, avistei
Com o coração em tamborim e lágrimas sinceras nos olhos.
Como despedida deste inferno de amar sem ser correspondido
Eu demarco nesta pedra o nome de doçura:
Cassandra. Eu talho seu nome no infinito
E me desfaço de amarga vida
Nunca nunca sendo ouvido.
Cassandra. Filha da Natureza,
Deusa da Beleza!
Com meu sangue te glorifico!

Dois de setembro de 2010.