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quinta-feira, 5 de maio de 2011

As coisas têm passado por mim. As pessoas, os objetos, tudo. As nuvens, estrelas, lua após lua, dia e noite, chuva, arco-íris, morcegos e borboletas... Eu continuo inerte, calada. Às vezes muito cansada para respirar, às vezes muito nervosa para dormir.
As ilusões me pregam peças; fecho meus olhos para me enganar, para fingir que não percebo que é tudo mutável e no final permanecerei sozinha em minha casa de ruínas.
Se eu ao menos tivesse forças para me abandonar... Algo me prende. Algo inexplicável e inconveniente... Não consigo permanecer no meu corpo por muito mais tempo. Não vou conseguir lidar com toda essa angústia e indiferença, com pessoas que um dia dizem se importar e no outro agem de forma obtusa!...

Alguém aqui está achando isso tudo engraçado. Não sei qual é a graça, e uma vez que não habilito os comentários, acho que nunca vou saber. Mas vários posts estão classificados como "engraçado". Eu poderia rir um pouco agora, ainda que fosse da minha própria desgraça...

domingo, 30 de janeiro de 2011

I'm not Jesus Christ!

Uma pessoa quebra seu coração e pede perdão. Isso vai mudar que seu coração está quebrado? Isso vai fazer sumir os remendos (cicatrizes)?
Não.
Pedir perdão não muda nada, só alivia a consciência de quem foi "perdoado". Eu prefiro ser sincera, não perdôo ninguém, porque perdoar seria levar com indiferença os estragos que já foram cometidos e que desculpas ou o tempo não vão mudar.
Posso muito bem dizer "você está perdoado" e ficar remoendo aquilo pro resto da vida, mas eu não sou assim. Se eu vou ficar remoendo, se vou sentir raiva da pessoa pra sempre, eu prefiro não iludir ninguém dizendo que perdoei e que podemos ser amigos, quando claramente não somos.
O orkut mandou pra mim que "o perdão é qualidade dos fortes". Talvez seja isso, eu nunca fui muito forte.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

It Doesn't Matter...


Retiro o que disse. Eu tenho sangue em meu corpo. De resto, sou seca...
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Eu estou de saco cheio...

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saco!

I am your mind giving you someone to talk to



Ela não está respirando, eu não estou respirando, ela não está respirando, eu não estou respirando, ela não está, nem eu, nem ela, nem eu, ela, eu, eu, eu, eu, eu, eu. Ela. Ela não é ela. Sou eu. Eu não sou, nem ela está.

Ninguém para conversar. Ninguém se importa... nem eu.
Eu queria que algo me importasse. Ou que as coisas certas me importassem. Ou que alguém se importasse.
Eu queria estar dormindo agora, como todo mundo. Eu queria, ia, ia, ia. Eu nunca quero nada.
Eu nunca busco nada, nunca faço nada, nunca vejo nada, nunca ouço nada, nunca transo nada, nunca termino nada, nunca amo nada, nunca fui amada.
Amada. Ou odiada... no fim não é a mesma coisa? Se alguém me odiasse, se importaria, pois o contrário do ódio é o amor. O contrário da indiferença é que não existe. Ou é tão insignificante, que não me desperta interesse.
Eu poderia beber uma garrafa de vodca antes de vomitar. Antes de me sentir mal. Eu ficaria feliz, então riria, me sentiria tonta e relaxada, gozaria... brincaria. Então vomitaria. E choraria, me desesperaria, obviamente me cortaria. É tão ia que nada, absolutamente nada, vai.
Não tenho ninguém. Não tenho nem a mim.
É tudo desconexo, estranho, implausível. Nada é palpável, desejável. A não ser a ficção. A ficção que se caracteriza por coisas irreais, que só são possíveis nos livros e na TELEVISÃO.
Eu não choro, mesmo que queira. Sou um vaso vazio, um cão sem dono, uma alma estúpida e nada sagaz. Minhas promessas nunca são cumpridas, porque não as faço. Baseio tudo no talvez, um dia, quem sabe?
Não dou certezas, nem as recebo.
Em meu corpo não tem lágrimas, não tem sangue, não tem inspiração, paixão, alegria, não tem razão. É como dizem, uma vida sem amor não é vida.
E ele morreu. Não que eu o amasse, ele nada mais era do que ficção.
De alguma forma, eu me sinto abandonada, a diplomacia é uma furada e minha ânsia é desmotivada, pois, para ser abandonada antes eu precisaria ter alguém. Mas eu não tenho, nem nunca tive.
Meus amores são ilusões.
O que era lamento vira tragédia, então dá-se a melódia. Eu não ligo, nem ligaria caso nascesse mil vezes. O melhor seria não existir.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

chore

"A senhora chorou quando ele morreu?"
"A Cíntia tem cada pergunta..."

Chorar ou não chorar? Eis a questão!

   Pra mim é natural que uma pessoa chore quando outra morre. A primeira pergunta que me vem em mente com as histórias daqueles mais velhos que eu, é: "você chorou quando tal pessoa morreu?"
   Às vezes eu tenho vontade de morrer só pra saber se alguém choraria por mim. Na minha cabeça, a pessoa mostra seu amor ao chorar no leito de outra. É um pensamento errôneo, pois o amor deve ser demonstrado em vida e não na morte! Que espécie de amor é esse, que só surge quando não pode mais ser vivido?
   Falo com conhecimento de causa, pois minha bisavó, em vida foi muito maltratada pelos filhos e quando morreu todos eles foram chorar as pitangas! Em vida ela gostava de balas, mas nenhum deles dava isso a ela. Em morte, em seu caixão, foram depositados pacotes e mais pacotes de balas. Pra quê? Era um prazer carnal, que provavelmente foi inutilizado com a morte daquela senhorinha a quem realmente amei.
   Não perdi muita gente. Quatro pessoas importantes, algumas que deixou-me impactada, mas pelas quais não derramei nenhuma lágrima. Apenas por Steve eu chorei. Steve, a quem nunca conheci "pessoalmente". Foi também a vez em que mais chorei. E foi a coisa mais estúpida do mundo, porque em vida não demonstrei meu carinho, mas quando ele morreu fiz mil homenagens e chorei mais do que pensei que alguém poderia chorar. Ainda acho a morte deveras complexa. Meu medo é esta complexibilidade. Mas viver também é complexo. Talvez ainda mais! Creio que morrer é isso, morreu, acabou, já era. Viver não. Não, sobreviver é pior. Levantar todo dia sentindo o peso do mundo nas costas. Fazer tudo de forma automática.
   Um dia você acorda meio realista e percebe quão fracassado é. Percebe que os sonhos foram apenas isso, sonhos... e que você se tornou alguém totalmente apático, muito diferente do que o esperado. Então, se não há nada o que fazer, talvez o melhor a ser feito seja buscar a morte. Ou não?
   Talvez não, porque, quando não se tem nada a perder, é indiferente viver ou não. E vai que um dia alguma coisa realmente boa acontece? Meu medo é morrer esperando. Então, a morte novamente. Tudo parece me remeter a ela. Mas, tudo bem. Por hoje sobreviverei, até chegar o dia em que sairei da sobrevivência e viverei de fato. Ou não.
   Bem, se for pra me amar, ame agora. Não espere por amanhã. Se for pra me amar, que seja um amor que traga-me coisas boas, porque de coisas ruins estou farta.
   E, sim, se eu digo que te amo, o ideal é que você corresponda. Mas se isso não for possível, então não diga absolutamente nada. Obrigada.