segunda-feira, 20 de julho de 2009

Pessoas, números. Conexão zero.

As pessoas estão muito desesperadas. Eu estou também...
Quando me vejo sozinha na internet altas horas da madrugada, é que percebo o quanto! Então entrar num BATE PAPO é lucro. Lá estou eu, eterna anti-sexo, conversando com pessoas que só querem isso. Se me excito? Nenhum pouco. Eu acho que palavras, neste contexto, são tão insignificantes quanto podem.
Creio que entro lá para bater papo, só isso. Mas me iludo pensando "quem sabe hoje não encontro um grande amor?". Em BP? Por favor...
Não sei se as pessoas se escondem atrás do sexo, ou se o sexo se esconde atrás delas. Não entendo alguém que se insinua para uma pessoa que não conhece, e que, até onde sei, pode ser um tarado, um sociopata, assassino, sei lá.
A apelação sexual é uma constante em nossa época, eu odeio isso.
Eu penso em como as pessoas são desconectadas. Há tanta gente no mundo. Nós passamos por muitas delas sem nem a olhar... Ou as olhamos, trocamos algumas palavras e formamos uma opinião que nem sempre condiz com a realidade. Como conhecer uma pessoa, quando não estamos abertos, quando não estamos afim?
Vejo por mim. 90 pessoas em meu orkut. Metade está ali de enfeite.
Penso "aqui não tem nem um décimo das pessoas que conheci em toda minha vida". Devo ter conhecido milhares de pessoas. Quer dizer, devo ter batido de frente com elas. Esbarrado.
Entre milhares, não posso dizer que conheci a fundo centenas. Não tenho dezenas como amigos.
Não estou realmente conectada com as pessoas. 
Eu penso se um dia realmente estarei profundamente enraizada em/com alguém.
Entre 6 bilhões de pessoa deve ter alguém esperando por mim!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

It Doesn't Matter...


Retiro o que disse. Eu tenho sangue em meu corpo. De resto, sou seca...
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Eu estou de saco cheio...

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saco!

I am your mind giving you someone to talk to



Ela não está respirando, eu não estou respirando, ela não está respirando, eu não estou respirando, ela não está, nem eu, nem ela, nem eu, ela, eu, eu, eu, eu, eu, eu. Ela. Ela não é ela. Sou eu. Eu não sou, nem ela está.

Ninguém para conversar. Ninguém se importa... nem eu.
Eu queria que algo me importasse. Ou que as coisas certas me importassem. Ou que alguém se importasse.
Eu queria estar dormindo agora, como todo mundo. Eu queria, ia, ia, ia. Eu nunca quero nada.
Eu nunca busco nada, nunca faço nada, nunca vejo nada, nunca ouço nada, nunca transo nada, nunca termino nada, nunca amo nada, nunca fui amada.
Amada. Ou odiada... no fim não é a mesma coisa? Se alguém me odiasse, se importaria, pois o contrário do ódio é o amor. O contrário da indiferença é que não existe. Ou é tão insignificante, que não me desperta interesse.
Eu poderia beber uma garrafa de vodca antes de vomitar. Antes de me sentir mal. Eu ficaria feliz, então riria, me sentiria tonta e relaxada, gozaria... brincaria. Então vomitaria. E choraria, me desesperaria, obviamente me cortaria. É tão ia que nada, absolutamente nada, vai.
Não tenho ninguém. Não tenho nem a mim.
É tudo desconexo, estranho, implausível. Nada é palpável, desejável. A não ser a ficção. A ficção que se caracteriza por coisas irreais, que só são possíveis nos livros e na TELEVISÃO.
Eu não choro, mesmo que queira. Sou um vaso vazio, um cão sem dono, uma alma estúpida e nada sagaz. Minhas promessas nunca são cumpridas, porque não as faço. Baseio tudo no talvez, um dia, quem sabe?
Não dou certezas, nem as recebo.
Em meu corpo não tem lágrimas, não tem sangue, não tem inspiração, paixão, alegria, não tem razão. É como dizem, uma vida sem amor não é vida.
E ele morreu. Não que eu o amasse, ele nada mais era do que ficção.
De alguma forma, eu me sinto abandonada, a diplomacia é uma furada e minha ânsia é desmotivada, pois, para ser abandonada antes eu precisaria ter alguém. Mas eu não tenho, nem nunca tive.
Meus amores são ilusões.
O que era lamento vira tragédia, então dá-se a melódia. Eu não ligo, nem ligaria caso nascesse mil vezes. O melhor seria não existir.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

esqueça

"Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu"   


   Não sei. Se eu não tivesse ambições, planos, eu me entregaria ao álcool completamente. Não tem coisa melhor do que a sensação de estar bêbada (ao menos nas primeiras horas, pois eu fico deprê e choro depois de algum tempo). Se tudo der errado pra mim, não se surpreenda se me encontrar "toda remelenta, estrunchada, num bar, entregue à bebida".
   Acho que não tô muito bem não. É a maldita maçã com açúcar que eu tanto gosto. Ela me traz más lembranças. O desprezo contribui. Não, não estou nada bem. 
   Como as pessoas podem ser tão hipócritas? Por que eu precisei beber um monte e tomar 3 diazepans, pra poder falar o quanto eu a acho "cruel"? É um saco. As pessoas, a vida, os romances. Mas eu quero me apaixonar de novo. Assim como "só uma ressaca cura outra", "só um amor cura o outro". Vai ser difícil. O primeiro passo foi dado por meus irmãos: excluir as malditas fotos. O segundo passo terá que ser dado por mim. Rasgar as cartas? Deletar o orkut? Tomar drogas? Entrar em Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e pedir uma indicação ao Joel e a Clementine, para marcar uma consulta com o "dr. esquecimento"?

Eu não acho que bater minha cabeça na parede me fará esquecê-la, mas é válido tentar.

Ah...


Meu problema com fotos é o seguinte: uma pessoa está aqui, depois não está. Se ela parte depois, como vou lembrar? Como vou saber que aquilo é real? Eu vou lembrar, mas não vou conseguir distinguir se é real ou invenção. Vou sofrer do mesmo jeito, mas vou me perder em mim, como me sinto agora em relação ao que já passou. Droga. Não tô legal.



"Tu llanto me tortura (...)
Pedazo de mi alma me arrebataste el corazón 
Como vivo si tú guardas mis latidos" 

(Baby Blues - Andrea Echeverri)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

o triste fim da Mariposa


Pisotearam a pequena Mariposa,
vítima do tempo.
Peguei-a do chão,
coloquei-a na mesa:
examinando-a pude ver
suas asas feridas,
esmagadas e inválidas.

Sem poder voar,
seus olhos já não eram tão brilhantes
e sua alma já não era delirante.
Incentivei-a uma, duas, três vezes:
- Voe, pequena Mariposa!
- Você consegue, voe!
- Vamos, minha querida.

Em seu olhar gigantesco
existia tristeza, melancolia.

Ela caia, eu a levantava.
Ela se encolhia,
em seus gestos reinava a apatia.
O gemido mudo a denunciar-lhe a dor.

- Lute, dona Mariposa!
- Você nasceu voando,
sua liberdade é essa!

Dona Mariposa já não escutava
nem nada falava.

Suas asas não seriam amputadas,
então, mortas, ela as arrastava.
Em dor, pouco a pouco se perdia.
Veio então, a primeira heresia:
Pulou, eu a socorri.
Pulou de novo, eu a acudi.
Mais uma vez a loucura,
barrada por mim.
Foi então que percebi
o que era o certo a se fazer:
Quando pulou novamente
deixei a pequena Mariposa morrer.

Terá sido boa sua vida,
mesmo com tanta dor no final?
Não sei, não sei.
Provavelmente nunca saberei.
Descanse em paz, pequena Mariposa.
Aqui sempre terá alguém a te louvar.


Sorte de hoje: A vida é como um livro: não importa que seja longa, contanto que seja boa